"Estou cansado o tempo todo. Sinto-me um velho." Ouço queixas como essa todos os dias, vindas de pessoas com menos de 40 ou mais de 80 anos. Excetuando-se as que raramente apresentam uma causa orgânica para justificar seus sintomas, como um órgão insuficiente ou uma condição anormal, as demais se baseiam na sua percepção de desânimo.
Não pretendo discutir os distúrbios de humor. Não há espaço para isso nem é este o local adequado. Mais oportuno será tentar entender o que se esconde por trás da assertiva inicial. Primeiramente, há que se criticar essa imprópria correlação entre a falta de vigor e a faixa etária, visto que grande parte dos idosos mostra-se disposta a realizar suas atividades praticamente todos os dias.
Mais importantes, porém, são as considerações que se seguem ao simples questionamento sobre as causas do desconforto. A maioria justifica o cansaço como decorrente dos inúmeros compromissos assumidos, que constituiriam "uma carga insuportável".
Fazem muitas coisas de que não gostam e raramente fazem algo que escolheram. À pergunta "qual atividade lhe dá prazer realizar?", segue-se um profundo silêncio, quebrado apenas pelas costumeiras desculpas, como "não tenho tempo para fazer o que gostaria" ou "se eu não fizer tudo isso, não há quem faça". Os cronicamente cansados são incapazes de juntar prazer ao seu cotidiano.
Em verdade, vejo-os arcados sob suas mochilas, sem atentar para o fato de que foram os responsáveis pelo que vai nelas. Quando iniciamos nossa jornada, independente de há quanto tempo, não levamos em conta quão longa ela poderia ser. É cada vez mais provável que seja mais duradoura do que a dos nossos pais e ainda mais longa que a dos nossos avós.
Isso requer atenção naquilo que colocaremos nas costas para carregar pela vida afora. É compreensível que nos preocupemos em guardar o que nos poderá ser útil, mas freqüentemente nos surpreendemos acumulando tudo o que passa diante dos nossos olhos.
Com isso, a mochila vai ficando mais pesada. Logicamente podemos esvaziá-la, mas, em geral, somos impedidos por temores decorrentes da nossa expectativa de "segurança plena". A melhor síntese dessa dificuldade se encontra nas divagações de Mr. Harry, em "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, que, tentando explicar as incoerências da sociedade ao jovem, considerou: "Quantas coisas não atiraríamos fora se não tivéssemos receio de que alguém as apanhasse e fizesse bom uso delas".
Que bobagem! O prazer não é competitivo. O fato de que os outros o têm não significa que ele não possa ser nosso. Concluindo, a mochila não precisa estar atulhada de artifícios que garantam a felicidade eterna. O que realmente faz a diferença, quando grande parte do trajeto já foi percorrida, é o vigor adquirido na jornada. Não apenas o vigor físico, que nos permita a independência, mas principalmente o vigor emocional de quem aprendeu muito no caminho e vai poder utilizar toda a experiência acumulada para superar as dificuldades que o tempo progressivamente nos impõe.
Quem chegar lá na frente com uma mochila leve, repleta de histórias para contar, certamente estará fazendo uma agradável viagem. "Estou cansado o tempo todo. Sinto-me um velho." Ouço queixas como essa todos os dias, vindas de pessoas com menos de 40 ou mais de 80 anos. Excetuando-se as que raramente apresentam uma causa orgânica para justificar seus sintomas, como um órgão insuficiente ou uma condição anormal, as demais se baseiam na sua percepção de desânimo.
Não pretendo discutir os distúrbios de humor. Não há espaço para isso nem é este o local adequado. Mais oportuno será tentar entender o que se esconde por trás da assertiva inicial. Primeiramente, há que se criticar essa imprópria correlação entre a falta de vigor e a faixa etária, visto que grande parte dos idosos mostra-se disposta a realizar suas atividades praticamente todos os dias.
Mais importantes, porém, são as considerações que se seguem ao simples questionamento sobre as causas do desconforto. A maioria justifica o cansaço como decorrente dos inúmeros compromissos assumidos, que constituiriam "uma carga insuportável".
Fazem muitas coisas de que não gostam e raramente fazem algo que escolheram. À pergunta "qual atividade lhe dá prazer realizar?", segue-se um profundo silêncio, quebrado apenas pelas costumeiras desculpas, como "não tenho tempo para fazer o que gostaria" ou "se eu não fizer tudo isso, não há quem faça". Os cronicamente cansados são incapazes de juntar prazer ao seu cotidiano.
Em verdade, vejo-os arcados sob suas mochilas, sem atentar para o fato de que foram os responsáveis pelo que vai nelas. Quando iniciamos nossa jornada, independente de há quanto tempo, não levamos em conta quão longa ela poderia ser. É cada vez mais provável que seja mais duradoura do que a dos nossos pais e ainda mais longa que a dos nossos avós.
Isso requer atenção naquilo que colocaremos nas costas para carregar pela vida afora. É compreensível que nos preocupemos em guardar o que nos poderá ser útil, mas freqüentemente nos surpreendemos acumulando tudo o que passa diante dos nossos olhos.
Com isso, a mochila vai ficando mais pesada. Logicamente podemos esvaziá-la, mas, em geral, somos impedidos por temores decorrentes da nossa expectativa de "segurança plena". A melhor síntese dessa dificuldade se encontra nas divagações de Mr. Harry, em "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, que, tentando explicar as incoerências da sociedade ao jovem, considerou: "Quantas coisas não atiraríamos fora se não tivéssemos receio de que alguém as apanhasse e fizesse bom uso delas".
Que bobagem! O prazer não é competitivo. O fato de que os outros o têm não significa que ele não possa ser nosso. Concluindo, a mochila não precisa estar atulhada de artifícios que garantam a felicidade eterna. O que realmente faz a diferença, quando grande parte do trajeto já foi percorrida, é o vigor adquirido na jornada. Não apenas o vigor físico, que nos permita a independência, mas principalmente o vigor emocional de quem aprendeu muito no caminho e vai poder utilizar toda a experiência acumulada para superar as dificuldades que o tempo progressivamente nos impõe.
Quem chegar lá na frente com uma mochila leve, repleta de histórias para contar, certamente estará fazendo uma agradável viagem.
Não pretendo discutir os distúrbios de humor. Não há espaço para isso nem é este o local adequado. Mais oportuno será tentar entender o que se esconde por trás da assertiva inicial. Primeiramente, há que se criticar essa imprópria correlação entre a falta de vigor e a faixa etária, visto que grande parte dos idosos mostra-se disposta a realizar suas atividades praticamente todos os dias.
Mais importantes, porém, são as considerações que se seguem ao simples questionamento sobre as causas do desconforto. A maioria justifica o cansaço como decorrente dos inúmeros compromissos assumidos, que constituiriam "uma carga insuportável".
Fazem muitas coisas de que não gostam e raramente fazem algo que escolheram. À pergunta "qual atividade lhe dá prazer realizar?", segue-se um profundo silêncio, quebrado apenas pelas costumeiras desculpas, como "não tenho tempo para fazer o que gostaria" ou "se eu não fizer tudo isso, não há quem faça". Os cronicamente cansados são incapazes de juntar prazer ao seu cotidiano.
Em verdade, vejo-os arcados sob suas mochilas, sem atentar para o fato de que foram os responsáveis pelo que vai nelas. Quando iniciamos nossa jornada, independente de há quanto tempo, não levamos em conta quão longa ela poderia ser. É cada vez mais provável que seja mais duradoura do que a dos nossos pais e ainda mais longa que a dos nossos avós.
Isso requer atenção naquilo que colocaremos nas costas para carregar pela vida afora. É compreensível que nos preocupemos em guardar o que nos poderá ser útil, mas freqüentemente nos surpreendemos acumulando tudo o que passa diante dos nossos olhos.
Com isso, a mochila vai ficando mais pesada. Logicamente podemos esvaziá-la, mas, em geral, somos impedidos por temores decorrentes da nossa expectativa de "segurança plena". A melhor síntese dessa dificuldade se encontra nas divagações de Mr. Harry, em "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, que, tentando explicar as incoerências da sociedade ao jovem, considerou: "Quantas coisas não atiraríamos fora se não tivéssemos receio de que alguém as apanhasse e fizesse bom uso delas".
Que bobagem! O prazer não é competitivo. O fato de que os outros o têm não significa que ele não possa ser nosso. Concluindo, a mochila não precisa estar atulhada de artifícios que garantam a felicidade eterna. O que realmente faz a diferença, quando grande parte do trajeto já foi percorrida, é o vigor adquirido na jornada. Não apenas o vigor físico, que nos permita a independência, mas principalmente o vigor emocional de quem aprendeu muito no caminho e vai poder utilizar toda a experiência acumulada para superar as dificuldades que o tempo progressivamente nos impõe.
Quem chegar lá na frente com uma mochila leve, repleta de histórias para contar, certamente estará fazendo uma agradável viagem. "Estou cansado o tempo todo. Sinto-me um velho." Ouço queixas como essa todos os dias, vindas de pessoas com menos de 40 ou mais de 80 anos. Excetuando-se as que raramente apresentam uma causa orgânica para justificar seus sintomas, como um órgão insuficiente ou uma condição anormal, as demais se baseiam na sua percepção de desânimo.
Não pretendo discutir os distúrbios de humor. Não há espaço para isso nem é este o local adequado. Mais oportuno será tentar entender o que se esconde por trás da assertiva inicial. Primeiramente, há que se criticar essa imprópria correlação entre a falta de vigor e a faixa etária, visto que grande parte dos idosos mostra-se disposta a realizar suas atividades praticamente todos os dias.
Mais importantes, porém, são as considerações que se seguem ao simples questionamento sobre as causas do desconforto. A maioria justifica o cansaço como decorrente dos inúmeros compromissos assumidos, que constituiriam "uma carga insuportável".
Fazem muitas coisas de que não gostam e raramente fazem algo que escolheram. À pergunta "qual atividade lhe dá prazer realizar?", segue-se um profundo silêncio, quebrado apenas pelas costumeiras desculpas, como "não tenho tempo para fazer o que gostaria" ou "se eu não fizer tudo isso, não há quem faça". Os cronicamente cansados são incapazes de juntar prazer ao seu cotidiano.
Em verdade, vejo-os arcados sob suas mochilas, sem atentar para o fato de que foram os responsáveis pelo que vai nelas. Quando iniciamos nossa jornada, independente de há quanto tempo, não levamos em conta quão longa ela poderia ser. É cada vez mais provável que seja mais duradoura do que a dos nossos pais e ainda mais longa que a dos nossos avós.
Isso requer atenção naquilo que colocaremos nas costas para carregar pela vida afora. É compreensível que nos preocupemos em guardar o que nos poderá ser útil, mas freqüentemente nos surpreendemos acumulando tudo o que passa diante dos nossos olhos.
Com isso, a mochila vai ficando mais pesada. Logicamente podemos esvaziá-la, mas, em geral, somos impedidos por temores decorrentes da nossa expectativa de "segurança plena". A melhor síntese dessa dificuldade se encontra nas divagações de Mr. Harry, em "O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde, que, tentando explicar as incoerências da sociedade ao jovem, considerou: "Quantas coisas não atiraríamos fora se não tivéssemos receio de que alguém as apanhasse e fizesse bom uso delas".
Que bobagem! O prazer não é competitivo. O fato de que os outros o têm não significa que ele não possa ser nosso. Concluindo, a mochila não precisa estar atulhada de artifícios que garantam a felicidade eterna. O que realmente faz a diferença, quando grande parte do trajeto já foi percorrida, é o vigor adquirido na jornada. Não apenas o vigor físico, que nos permita a independência, mas principalmente o vigor emocional de quem aprendeu muito no caminho e vai poder utilizar toda a experiência acumulada para superar as dificuldades que o tempo progressivamente nos impõe.
Quem chegar lá na frente com uma mochila leve, repleta de histórias para contar, certamente estará fazendo uma agradável viagem.
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