Não há crise boa, mas sempre se podem tirar boas lições de uma crise. Uma dessas lições agora é que a OEA (Organização dos Estados Americanos) não apenas ressurgiu das cinzas como conseguiu algo inédito, ou pelo menos muito raro, ao discutir o conflito Colômbia-Equador. Os EUA não ficaram no centro das discussões e das decisões. Prevaleceu a diplomacia latino-americana.
A ofensiva diplomática dos países mais moderados do continente, como Brasil, Chile e Argentina, surtiu efeito: a OEA condenou um ato, não um país. Condenou a violação territorial do Equador, sem atacar diretamente o governo da Colômbia. Isso resultou numa decisão por aclamação, com Rafael Correa (Equador) e Alvaro Uribe (Colômbia) concordando com os termos e com as duas decisões práticas: 1) a criação de uma comissão de investigação das circunstâncias em que forças militares colombianas aniquilaram um acampamento das Farc em solo equatoriano; 2) uma reunião de chanceleres no próximo dia 17 para avaliar resultados.
"É o início do fim da crise", ouvi de um diplomata de primeiro escalão. Mas ainda há muito o que fazer. No mínimo, os "bombeiros" ganham tempo, enquanto trabalham intensamente para obter um pedido de desculpas formal e incisivo do colombiano Uribe e se preparam para apaziguar os ânimos, ainda exaltados, do equatoriano Correa.
Lula e Celso Amorim conseguiram manter o Brasil muitíssimo bem posicionado, em condições de tanto negociar com Uribe quanto com Correa, junto com Chile e Argentina. Para isso, recorreram desde o início à mesma estratégia que veio a ser adotada pela OEA: condenar atos, não governos; sugerir a comissão para chegar a uma versão única do episódio; tirar os belicosos Chávez e Bush da jogada.
Resolvido o agudo da crise, agora é tentar reconciliar Colômbia e Equador em níveis de civilidade, sem esquecer as Farc, é claro.
A ofensiva diplomática dos países mais moderados do continente, como Brasil, Chile e Argentina, surtiu efeito: a OEA condenou um ato, não um país. Condenou a violação territorial do Equador, sem atacar diretamente o governo da Colômbia. Isso resultou numa decisão por aclamação, com Rafael Correa (Equador) e Alvaro Uribe (Colômbia) concordando com os termos e com as duas decisões práticas: 1) a criação de uma comissão de investigação das circunstâncias em que forças militares colombianas aniquilaram um acampamento das Farc em solo equatoriano; 2) uma reunião de chanceleres no próximo dia 17 para avaliar resultados.
"É o início do fim da crise", ouvi de um diplomata de primeiro escalão. Mas ainda há muito o que fazer. No mínimo, os "bombeiros" ganham tempo, enquanto trabalham intensamente para obter um pedido de desculpas formal e incisivo do colombiano Uribe e se preparam para apaziguar os ânimos, ainda exaltados, do equatoriano Correa.
Lula e Celso Amorim conseguiram manter o Brasil muitíssimo bem posicionado, em condições de tanto negociar com Uribe quanto com Correa, junto com Chile e Argentina. Para isso, recorreram desde o início à mesma estratégia que veio a ser adotada pela OEA: condenar atos, não governos; sugerir a comissão para chegar a uma versão única do episódio; tirar os belicosos Chávez e Bush da jogada.
Resolvido o agudo da crise, agora é tentar reconciliar Colômbia e Equador em níveis de civilidade, sem esquecer as Farc, é claro.
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