Num desses telejornais, vi o desabafo de um cidadão que não obedeceu ao conselho da ministra do Turismo para relaxar. Tomou o microfone da jornalista e gritou: "Onde está o presidente? Há algum presidente neste país?".
A cena era patética e já conhecida de todos. Gente deitada no chão, pessoas doentes chorando, o diabo. Onde estava o presidente? A pergunta pode parecer exagerada (não a cólera), mas há razão para ela. A crise no setor aéreo pertence ao Executivo, cujo chefe maior está omisso, dando conselhos e invocando um trabalho que não aparece.
Lembro dois casos. JK tomou posse na Presidência e, dias depois, rompeu-se a barragem de Orós. Ele deslocou todo o governo para lá e só voltou ao Rio após tomar as medidas executivas para resolver o problema pessoalmente, embora não fosse engenheiro nem ainda tivesse tomado pé da chefia da nação.
Outro exemplo: Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara, teve um problema de rompimento na adutora do Guandu em construção. A cidade ficaria sem água. Lacerda pegou uma cadeira, sentou-se no local da obra e só saiu dali no dia seguinte, com o problema resolvido.
Tanto num como no outro caso, a presença física do presidente e do governador apressaram a solução do caso. Evidente que Lula não precisa bivacar no saguão dos aeroportos. Mas a presença dele nos segmentos em crise, tomando providências imediatas sem delegação a terceiros, daria um cenário novo ao apagão aéreo.
Passar a responsabilidade para a cadeia hierárquica do comando vem revelando inutilidade operacional e insensibilidade política. Dá a impressão que ele está fazendo tudo quando mantém os mesmos homens nos mesmos cargos e não toma a iniciativa que se espera de um chefe do Executivo.
A cena era patética e já conhecida de todos. Gente deitada no chão, pessoas doentes chorando, o diabo. Onde estava o presidente? A pergunta pode parecer exagerada (não a cólera), mas há razão para ela. A crise no setor aéreo pertence ao Executivo, cujo chefe maior está omisso, dando conselhos e invocando um trabalho que não aparece.
Lembro dois casos. JK tomou posse na Presidência e, dias depois, rompeu-se a barragem de Orós. Ele deslocou todo o governo para lá e só voltou ao Rio após tomar as medidas executivas para resolver o problema pessoalmente, embora não fosse engenheiro nem ainda tivesse tomado pé da chefia da nação.
Outro exemplo: Carlos Lacerda, ex-governador da Guanabara, teve um problema de rompimento na adutora do Guandu em construção. A cidade ficaria sem água. Lacerda pegou uma cadeira, sentou-se no local da obra e só saiu dali no dia seguinte, com o problema resolvido.
Tanto num como no outro caso, a presença física do presidente e do governador apressaram a solução do caso. Evidente que Lula não precisa bivacar no saguão dos aeroportos. Mas a presença dele nos segmentos em crise, tomando providências imediatas sem delegação a terceiros, daria um cenário novo ao apagão aéreo.
Passar a responsabilidade para a cadeia hierárquica do comando vem revelando inutilidade operacional e insensibilidade política. Dá a impressão que ele está fazendo tudo quando mantém os mesmos homens nos mesmos cargos e não toma a iniciativa que se espera de um chefe do Executivo.
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